FOME DE JUSTIÇA DE DEUS

Preparávamos para o inicio do culto quando notei uma senhorinha perto da porta de entrada. Aproximei com um semblante pacifico, queria dar abertura para conversar. Ela, em poucas palavras, contou-me sua situação atual: “Não tenho nada pra comer, nem fogão eu tenho, pode me ajudar?”. “Não posso te atender agora, pois já estamos começando nossa reunião, fique conosco, pois no fim, conversarei contigo.” Era uma doce senhora precisando de ajuda. Tínhamos alguns alimentos soltos em nosso depósito, em meu coração já estava certo que iriamos ajuda-la.

Ela sentou na ultima cadeira no final do salão. Agradavelmente ficou para assistir o culto.

Em um domingo de muita Graça de Deus, ministrei sobre o amor de Jesus que nos impulsionar a mudar de vida. Falei da importância das comunidades de fé como refúgios para aqueles que desejam ter uma nova vida. Em uma sociedade com tantos problemas, nos reunimos em comunidades, que mediante a comunhão, todos lutam para serem aperfeiçoados.

Na passagem bíblica de João 8, homens levam uma mulher adúltera para Jesus jugar, mas sem saber, eles levaram-na para sua salvação. Uma mulher, sem nome e sem falas, começa como condenada e termina livre. Assim devemos fazer com outras pessoas, leva-las para Jesus perdoar. Todos precisam do perdão de Cristo.

No termino da reunião, fui ao encontro da senhora. De longe vi seu rosto lavado de lágrimas, a mensagem acertou em cheio o seu coração. Por debaixo da máscara, chorava copiosamente: “Quero uma oração, mais que o alimento preciso que ore por mim. Meu filho está perdido nas drogas. Preciso que ore para o meu filho mudar de vida. Melhor que o alimento será a sua oração.” Existe uma fome pela justiça de Deus que é maior que a fome física. Existe uma dor que faz perder até o apetite, perder um filho para as drogas é doloroso demais.

Orei com ela, orei para ela. Existem coisas que somente Deus pode fazer. Ela certamente já fez o possível para tentar salva-lo, agora mediante a fé, podemos crer que ainda existe uma possibilidade para ele. Queremos coparticipar desse milagre. Deus proverá.

Entregamos uma sacola de alimentos com biscoitos. “Você é sempre bem-vinda aqui, conte conosco”, assim finalizei a conversa. Um sorriso formou-se debaixo da máscara, de certa forma Deus ajudou-a muito nesse dia, uma esperança nasceu em seu coração.

Queremos ter a oportunidade de fazer algo real por eles, assim como já fizemos por centenas de outras famílias.

Moisés Nogueira de Faria
Pastor da Comunidade Casa de Paz
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