Amar ao Próximo é Amar a Si Mesmo

Com o tempo notamos o bem que faz fazer o bem. Do sopão de ontem ficam os áudios enviados pelos voluntários alegremente envolvidos na ação. É divertido fazer e participar. Nenhum ficou contrariado ou triste, ao contrário, cada um levou para casa a paz de um final de tarde de amor ao próximo.

É como se a rotina do dia a dia drenasse a nossa força e ações humanitárias equivalessem a uma recarrega. Tiramos um peso das costas.  As conversas e risos nos reduzem a somente “gente”.  Muitas horas querem ser somente “povo”. A simplicidade dos ajudados tornam tudo mais leve. De repente nos vemos sentados na calçada brincando com crianças ou rindo em algum grupinho.  Pessoas estendem suas mãos em nossa direção para receber uma ajuda e também estendem um sorriso que alcança nossa alma. O que elas nos doam, consumimos nos próximos dias em lembranças significativas.

Certo dia uma médica entrou em contato querendo voluntariar-se. Seu desejo era ser monitora da salinha das crianças. Já passa a semana toda no consultório, agora sua busca era ficar cercada de crianças e ama-las na simplicidade do local. Ela ama o que faz, mas procurava sair das quatro paredes do consultório. Assim é com muitos que passam a semana no escritório, mas sábado é dia de botar o pé na lama e conhecer gente.

No sopão, no bazar, nas reuniões e visitações, nas ações nos mercados, nos cursos de costura ou reforço escolar, nas aulas de cantos ou qualquer outra ação, não importa o que seja, voluntários agradecidos retornam para suas casas com a certeza de terem ganhado o dia. Alguém foi beneficiado pela dedicação deles e isso não tem preço. Saber que somos úteis para outras pessoas é uma verdade que todos precisam vivenciar. É amar a si próprio.

“Pessoas estendem suas mãos em nossa direção para receber uma ajuda e também estendem um sorriso que alcança nossa alma. O que elas nos doam, consumimos nos próximos dias em lembranças significativas.” Amar ao próximo é amar a si próprio.

Lembro-me da adolescente grávida correndo na rua esburaca para conseguir ajuda após prometê-la um armário de cozinha. Seu sorriso se acendeu após minha promessa de ajuda.  Em poucos minutos voltou com seu companheiro para buscar o móvel. Compartilhei da sua alegria como se fosse minha. Eles voltaram para casa com seu armário e eu fiquei com a benção do momento.

Quantas vezes presenciamos lágrimas escorrendo e olhos marejados em ações simples de doações de cestas básicas. Levar alimento para pessoas famintas pode ser o ápice da semana para muita gente estrangulada pela rotina do dia a dia.

Todos precisam vivenciar a prática de “ser presente em histórias reais”, ser coadjuvante na ascensão ou socorro de alguém lhe torna protagonista em sua própria história.

QUER DOAR ?

Você pode colaborar para que crianças tenham a sua primeira festinha de aniversário.

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Salvamos nossa vida e ajudamos o outro. Estender a mão ao próximo dá sentido a nossa vida.

 

Moisés Nogueira de Faria
@moisesnogueiraoficial
Presidente da Corrente do Bem Brasília / Generosidade.org